Bahia lidera ranking de emprego do Nordeste com destaque para Eunápolis
No mês de abril deste ano, a Bahia contabilizou um saldo positivo de 10186 postos de trabalho com carteira assinada, o que a levou à primeira posição entre os estados da Região Nordeste. O resultado é decorrente da expansão no emprego em todos os setores de atividade, principalmente nos de serviços (+2969 postos), construção civil (+2783) e da agropecuária (+2297).
No acumulado do ano de
De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan), o saldo registrado em abril expressa a diferença entre o total de admissões (74.744 vagas) e desligamentos (64.558). E se situou em um patamar superior ao contabilizado em igual período do ano anterior (+7.847 vagas) e superior ao mês de março de 2013 (+375, sem considerar as declarações fora do prazo).
Já em relação às admissões e desligamentos, ambos ganharam força quando comparados ao mês anterior, quando foram admitidos 63.736 trabalhadores e demitidos 63.361 profissionais. Apenas cinco estados contaram com saldos positivos no período, além da Bahia - Ceará (+4.022 postos), Sergipe (+2.520 postos), Piauí (+1.324 postos) e Paraíba (+205 postos). Apresentaram saldos negativos o Maranhão (-736 postos), Rio Grande do Norte (-1.146 postos), Pernambuco (-4.357 postos) e Alagoas (-13.646 postos).
Para o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Nilton Vasconcelos, o resultado é muito expressivo para a Bahia e o Brasil, em “um ano que não tem sido dos melhores na criação de empregos por conta da crise internacional”. Segundo ele, “com a atração dos novos investimentos, como o centro de distribuição do Magazine Luiza, a montadora Jac Motors e tantas outras grandes empresas que o Governo do Estado tem trazido para o estado, a perspectiva é de manutenção deste quadro de retomada de aquecimento da economia, resultando na geração de mais empregos”.
Para o diretor geral da SEI, Geraldo Reis, o resultado surpreende positivamente, uma vez que os números do primeiro trimestre apontavam para um arrefecimento da oferta de vagas. Em relação à diferença significativa apresentada pela Bahia, perante aos outros estados do Nordeste, ele sinaliza para a necessidade de averiguar se ocorre uma mudança substancial na dinâmica econômica do nosso estado.
“Como se pode observar, a economia nordestina, no período mais recente, vinha perdendo força pelo fato de seu crescimento estar focado, sobretudo, no consumo das famílias e em função das políticas de transferência de renda, e do peso que tem o salário mínimo na região”, enfatiza Reis.
Ele diz ainda que “o início da retomada dos investimentos pelos setores empresarial e público pode sinalizar um maior equilíbrio entre os pilares dessa nova etapa de dinamização da economia nacional e baiana”. O saldo de 10.186 empregos, segundo Reis, se aproxima dos anos em que a economia baiana estava bastante aquecida, como 2007, 2008, 2010 e 2011.
Quanto à geração de emprego no início de
Em abril de 2013, considerando os municípios com mais de 30 mil habitantes, Salvador, Eunápolis e Brumado destacaram-se na criação de novas oportunidades de trabalho formal na Bahia. A capital baiana apurou um saldo de 3.654 novas contratações formais, Eunápolis gerou 1.013 empregos e Brumado registrou a criação de 898 empregos.
Entre os municípios que tiveram os menores saldos de empregos em abril estão Camaçari (-716 postos), Simões Filho (-333 postos) e São Sebastião do Passé (-274 postos).